WALDEN - Henry David Thoreau: Teatro no Júlio de Matos
Meus amigos
Ontem vi uma peça de teatro das mais bonitas que já alguma vez tive oportunidade de ver!
E pensei em vocês!… , talvez também gostassem de ver?!…
É uma peça completamente alternativa…fora da caixa…do mais simples que já vi…mas do mais profundo! Não tem palco… nem plateia… onde todos somos actores…
O cenário do teatro – WALDEN - é no Hospital Júlio de Matos…
A obra de Henry David Thoreau desperta-nos para questões levantadas em Walden ou a Vida nos Bosques (http://thoreau.eserver.org/cliff.html). Livro de reflexão sobre a experiência de Thoreau numa cabana construída à margem do lago Walden, em Concord, Massachusetts, onde permaneceu durante dois anos e dois meses, em 1845, Walden ou a Vida nos Bosques questiona acerca da dimensão essencial da existência humana.
É uma obra premonitória em todas as questões que levanta acerca do materialismo, do capitalismo feroz, das consequências da revolução industrial, da desertificação espiritual e humana e da falência das ideologias.
O grupo de Teatro do Vestido fez um espectáculo a partir de Walden.
É um espectáculo-laboratório, onde cada actor se interroga sobre como seria se fosse Thoreau e constrói o seu percurso nessa descoberta.
É criada uma experiência pessoal a partir da ideia de um homem que se isola numa pequena cabana à margem do lago, onde planta feijões…
É um homem que não gosta de companhia, que não gosta de rotinas, que abomina trilhos batidos. Um resistente à depredação do essencial da vida: viver.
“…todos conhecemos sem dúvida a vontade de ir para longe daqui, de irmos embora, de abandonar o supérfluo e regressar ao essencial.”
O mais maravilhoso é que Walden não é exactamente teatro, os actores convidam o público a fazer a viagem como não público, mas como indivíduos implicados na vida.
Deixo-vos com uma das mensagens de Henry David Thoreau, Walden ou a Vida nos Bosques
“Com a minha experiência aprendi pelo menos isto: se uma pessoa avançar confiantemente na direcção dos seus sonhos, se se esforçar por viver a vida que imaginou, há-de deparar com o êxito inesperado nas horas rotineiras. (…) À medida que ela simplificar a sua vida, as leis do universo hão-de parecer-lhe menos complexas, a solidão deixará de ser solidão, a pobreza deixará de ser pobreza, a fraqueza deixará de ser fraqueza. Se construístes castelos no ar, não terá sido em vão esse vosso trabalho; porque eles estão onde deviam estar. Agora, por baixo, colocai os alicerces.”
Se tiverem oportunidade, não deixem de ver
Um abraço para vocês…
Ana
P.S.: Vai estar em cena até ao próximo domingo, sempre às 21:30h no Júlio de Matos e o contacto para reservas é 969619437, custa 10€.