June 30, 2006

WALDEN - Henry David Thoreau: Teatro no Júlio de Matos

Meus amigos
Ontem vi uma peça de teatro das mais bonitas que já alguma vez tive oportunidade de ver!
E pensei em vocês!… , talvez também gostassem de ver?!…

É uma peça completamente alternativa…fora da caixa…do mais simples que já vi…mas do mais profundo! Não tem palco… nem plateia… onde todos somos actores…

O cenário do teatro – WALDEN - é no Hospital Júlio de Matos…

A obra de Henry David Thoreau desperta-nos para questões levantadas em Walden ou a Vida nos Bosques (http://thoreau.eserver.org/cliff.html). Livro de reflexão sobre a experiência de Thoreau numa cabana construída à margem do lago Walden, em Concord, Massachusetts, onde permaneceu durante dois anos e dois meses, em 1845, Walden ou a Vida nos Bosques questiona acerca da dimensão essencial da existência humana.
É uma obra premonitória em todas as questões que levanta acerca do materialismo, do capitalismo feroz, das consequências da revolução industrial, da desertificação espiritual e humana e da falência das ideologias.

O grupo de Teatro do Vestido fez um espectáculo a partir de Walden.

É um espectáculo-laboratório, onde cada actor se interroga sobre como seria se fosse Thoreau e constrói o seu percurso nessa descoberta.
É criada uma experiência pessoal a partir da ideia de um homem que se isola numa pequena cabana à margem do lago, onde planta feijões…
É um homem que não gosta de companhia, que não gosta de rotinas, que abomina trilhos batidos. Um resistente à depredação do essencial da vida: viver.
“…todos conhecemos sem dúvida a vontade de ir para longe daqui, de irmos embora, de abandonar o supérfluo e regressar ao essencial.”

O mais maravilhoso é que Walden não é exactamente teatro, os actores convidam o público a fazer a viagem como não público, mas como indivíduos implicados na vida.

Deixo-vos com uma das mensagens de Henry David Thoreau, Walden ou a Vida nos Bosques

“Com a minha experiência aprendi pelo menos isto: se uma pessoa avançar confiantemente na direcção dos seus sonhos, se se esforçar por viver a vida que imaginou, há-de deparar com o êxito inesperado nas horas rotineiras. (…) À medida que ela simplificar a sua vida, as leis do universo hão-de parecer-lhe menos complexas, a solidão deixará de ser solidão, a pobreza deixará de ser pobreza, a fraqueza deixará de ser fraqueza. Se construístes castelos no ar, não terá sido em vão esse vosso trabalho; porque eles estão onde deviam estar. Agora, por baixo, colocai os alicerces.”

Se tiverem oportunidade, não deixem de ver
Um abraço para vocês…
Ana

P.S.: Vai estar em cena até ao próximo domingo, sempre às 21:30h no Júlio de Matos e o contacto para reservas é 969619437, custa 10€.

Livros, quadros e música online

Imagine um lugar onde você pudesse ler gratuitamente todas as obras do Machado de Assis, obras como a "A Divina Comédia", ou ter acesso a historinhas infantis.
Um lugar que lhe mostrasse as grandes pinturas de Leonardo da Vinci, ou onde você pudesse escutar gratuitamente uma música em MP3 de alta qualidade.
Pois o Ministério da Educação disponibiliza tudo isso. Basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br
Só de Literatura em língua portuguesa há 732 obras e estão pensando em findar o projeto por desuso, já que o nível de acesso é muito pequeno!
Por favor, repasse este e-mail a todos os seus amigos, para que esta excelente iniciativa não pare e continue a crescer.

June 28, 2006

Feira alternativa

estive este fim de semana na feira alternativa - acho que colecionei folhetos, sabem como é.
um dels se quiserem cartoés de vista baratos : www.myprint.pt
sobre os direitos dos animais: www.ipdo.pt
brinquedos infantis: www.lojaformiga.com

para os que estejam de ferias - aproveitem.

June 20, 2006

auto psicigrafia de F. Pessoa

"o poeta é um fingidor
finge tão completamente
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente"

"il poeta è un fingitore
fibge cosi totalmente
da fingere che é dolore
il dolore che davero sente"

a friend give to me a book in italien de Pessoa - it´s realy funny.

June 14, 2006

Intermitências Da Morte

O último livro de José Saramago, As Intermitências Da Morte, é, sem a minima dúvida mais um record de vendas mas ainda assim, e com o devido respeito pelo autor, está criado o mote para um rótulo que creio que o próprio não deseja.
Li os seus últimos trabalhos, ambos os ensaios Cegueira e Lucidez e o que salta à vista ( tirando claro está a forma única como usa a palavra escrita) é o uso de um tema que a continuar inevitávelmente se tornará a sua imagem. Falo do uso de uma Palavra Chave para cada livro, a Palavra, o seu significado e as consequências do mesmo, tudo muito bem embrulhado e levado ao extremo.
José Saramago é um Nobel da Literatura, disso não tenho dúvidas, mas usando o significado de suas próprias Palavras, As Palavras São Apenas Letras Que Se Agarram Às Cousas, Não São As Cousas.

Al Buquerque

ainda sobre o Codigo da vinci

Lançado no dia 18 de Maio, A Espiral Dourada é o novo livro de Nuno Crato, Carlos Pereira dos Santos e Luís Tirapicos. Os três investigadores portugueses analisam uma série de temas matemáticos e científicos abordados no best-seller de Dan Brown, O Código Da Vinci.Com o subtítulo Coelhos de Fibonacci, Cifras e Outros Mistérios Matemáticos d’O Código Da Vinci, a estrutura do livro é simples. Cada capítulo responde a uma pergunta sobre uma alusão científica ou matemática. De facto, é possível encontrar algumas falhas no livro de Dan Brown. «Pode parecer preciosismo matemático, mas talvez a maior falha seja pegar no número Fi, que é o número de ouro, e escrever 1,618, quando sendo um número irracional é um número que não termina. É a chamada dízima infinita, não periódica. É obrigatório pôr três pontinhos no fim», explica Nuno Crato. Ao longo das 157 páginas dA Espiral Dourada, as revelações não param de surpreender. «Outro erro, esse de menor interesse talvez, é ele ter confundido a meridiana da Igreja de Saint-Sulpice com o meridiano de Paris», refere Nuno Crato, que esclarece que um passa ao lado do outro. O autor considera, ainda, que existiu uma omissão científica, pois Dan Brown não explorou o que se passava no interior da Igreja. «Se ele conhecesse o que, de facto, se passou nessa Igreja de certeza que teria falado dessa história maravilhosa que foi quase que uma conspiração, como nós dizemos, entre um padre e um matemático para discutir uma série de temas, alguns dos quais proibidos ou quase proibidos na Igreja», esclarece Crato.No entanto, nem só da explicação de eventuais erros presentes no best-seller de Dan Brown vive A Espiral Dourada. Os três autores explicam também problemas geométricos, sequências, o rectângulo dourado, o número de ouro ou a chamada proporção divina. A opinião de Nuno Crato acerca de Dan Brown é positiva, mas, ao mesmo tempo, curiosa: «Eu julgo que é um escritor de policiais e acho que este livro é um policial, que terá especulado um pouco sobre alguns temas religiosos, e que terá percebido que especulando através desses temas religiosos venderia mais livros. E é um homem com uma grande cultura histórica e científica». No livro, há também várias referências a Portugal, como as meridianas solares num dos muros do Palácio de Queluz e no Palácio da Pena, ou os pentagramas de Almada Negreiros à entrada da Gulbenkian.

June 02, 2006