Quem pouco dorme, muito sofre
Dormir menos não significa aproveitar mais e melhor os dias, mas sim ter um raciocínio mais lento e correr risco de obesidade, hipertensão, diabetes e depressão, uma ameaça para cerca de um terço dos portugueses. Actualmente não são só os adultos com falta de sono, mas também as crianças e os adolescentes portugueses estão a dormir cada vez menos, disse à Agência Lusa Teresa Paiva, neurologista e especialista em medicina do sono.
A maior parte das pessoas necessita de dormir entre sete a oito horas por dia. Mas esta regra apenas se aplica aos adultos, pois os mais novos devem dormir muito mais. De acordo com Teresa Paiva, uma criança entre os 10 e os 12 anos deve dormir 10 horas, enquanto os mais pequenos, entre os três e os quatro anos, devem dormir entre 12 a 14 horas.
«Actualmente, o que se está a fazer às crianças é pura e simplesmente uma violência ao pôr as crianças a dormir sete a oito horas, como os adultos», salientou a especialista, manifestando-se preocupada e assustada com o futuro. Teresa Paiva alertou para o facto de as crianças que dormem menos na infância virem a ter problemas de ansiedade quando forem adultos.
A neurologista acrescentou que as crianças com défice de sono têm ainda um risco acrescido de doenças, são mais propensas a problemas de irritabilidade, violência e têm mais dificuldades na aprendizagem. «Se formos ao centro comercial à noite, vêem-se imensas crianças a passear. Isso não se passa na Alemanha, França ou em outro país», disse.
«Os pais chegam cada vez mais tarde a casa e depois querem estar com os filhos, que se deitam tarde e levantam cedo para ir para a escola», lamentou, adiantando que «isto é uma violência física muito grande, como bater ou não dar de comer».
Segundo Teresa Paiva, mais de 30 por cento da população adulta portuguesa sofre de insónias, problema que afecta mais as mulheres do que os homens. Motivos: razões hormonais e trabalho excessivo (muitas mulheres têm dois empregos).
Excesso de trabalho, jantar tarde, ver televisão, «teclar» na net ou actividade de diversão nocturna podem contribuir para um sono deficiente. «Em Portugal, os bons programas de televisão começam muito tarde», lamentou, salientando que actualmente muitos portugueses jantam por volta das 22:00 e vão ao ginásio à noite, o que «faz com que as pessoas não adormeçam antes da 01:00».
Teresa Paiva frisou que 70 por cento dos portugueses vão para a cama depois da meia-noite. «Somos o país do mundo que mais tarde se deita», lamentou. Para a especialista, dormir pouco é como «uma droga», é «um paraíso artificial: A pessoa acha-se óptima e feliz porque consegue reagir contra o sono. Enquanto os outros estão a dormir, ela consegue trabalhar ou divertir-se».
A neurologista salientou ainda que não dormir dificulta o desempenho e cria problemas na resolução dos problemas. «Está provado que é dormindo o sono nocturno que se tem maior perspicácia para resolver problemas complexos ou que estão escondidos», explicou.
Para dormir mais e melhor não é necessário fazer mudanças radicais.Teresa Paiva deixou alguns conselhos «simples»: jantar meia hora mais cedo e não comer muito, ir para a cama meia hora mais cedo e acordar meia hora mais tarde.
A maior parte das pessoas necessita de dormir entre sete a oito horas por dia. Mas esta regra apenas se aplica aos adultos, pois os mais novos devem dormir muito mais. De acordo com Teresa Paiva, uma criança entre os 10 e os 12 anos deve dormir 10 horas, enquanto os mais pequenos, entre os três e os quatro anos, devem dormir entre 12 a 14 horas.
«Actualmente, o que se está a fazer às crianças é pura e simplesmente uma violência ao pôr as crianças a dormir sete a oito horas, como os adultos», salientou a especialista, manifestando-se preocupada e assustada com o futuro. Teresa Paiva alertou para o facto de as crianças que dormem menos na infância virem a ter problemas de ansiedade quando forem adultos.
A neurologista acrescentou que as crianças com défice de sono têm ainda um risco acrescido de doenças, são mais propensas a problemas de irritabilidade, violência e têm mais dificuldades na aprendizagem. «Se formos ao centro comercial à noite, vêem-se imensas crianças a passear. Isso não se passa na Alemanha, França ou em outro país», disse.
«Os pais chegam cada vez mais tarde a casa e depois querem estar com os filhos, que se deitam tarde e levantam cedo para ir para a escola», lamentou, adiantando que «isto é uma violência física muito grande, como bater ou não dar de comer».
Segundo Teresa Paiva, mais de 30 por cento da população adulta portuguesa sofre de insónias, problema que afecta mais as mulheres do que os homens. Motivos: razões hormonais e trabalho excessivo (muitas mulheres têm dois empregos).
Excesso de trabalho, jantar tarde, ver televisão, «teclar» na net ou actividade de diversão nocturna podem contribuir para um sono deficiente. «Em Portugal, os bons programas de televisão começam muito tarde», lamentou, salientando que actualmente muitos portugueses jantam por volta das 22:00 e vão ao ginásio à noite, o que «faz com que as pessoas não adormeçam antes da 01:00».
Teresa Paiva frisou que 70 por cento dos portugueses vão para a cama depois da meia-noite. «Somos o país do mundo que mais tarde se deita», lamentou. Para a especialista, dormir pouco é como «uma droga», é «um paraíso artificial: A pessoa acha-se óptima e feliz porque consegue reagir contra o sono. Enquanto os outros estão a dormir, ela consegue trabalhar ou divertir-se».
A neurologista salientou ainda que não dormir dificulta o desempenho e cria problemas na resolução dos problemas. «Está provado que é dormindo o sono nocturno que se tem maior perspicácia para resolver problemas complexos ou que estão escondidos», explicou.
Para dormir mais e melhor não é necessário fazer mudanças radicais.Teresa Paiva deixou alguns conselhos «simples»: jantar meia hora mais cedo e não comer muito, ir para a cama meia hora mais cedo e acordar meia hora mais tarde.
via Madrinha
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